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terça-feira, 21 de agosto de 2012

O machismo imperante

O machismo faz parte de nossa sociedade. Não há como fugir dele. Nos encontra em cada esquina, em cada conversa, em cada postagem de mídia social, em cada fala verborrágica.
O triste não é saber que esse machismo é real. O triste é perceber que as pessoas costumam banalizar essas atitudes e acham "normal" este tipo de comentário e ainda ridicularizam tentativas de fazer da mulher parte ativa na sociedade.
Esse tipo de fala e de comportamento deve ser primeiramente repudiado, visto como absurdo. Ou por acaso alguém acha comum dizer a um homem: "Ah, vai lavar roupa e cuidar da casa". Nunca. Isso é um comportamento típico machista.
Pior, achar que uma mulher dando opinião, decidindo e fazendo diferença na sociedade deveria na verdade é estar cuidando dos afazeres da casa, é de uma estupidez tão grande que não merece qualquer comentário. Creio que uma pessoa assim não deve ser um bom filho, muito menos um bom marido.
Na verdade acredito que uma pessoa com esse tipo de pensamento muito menos sabe o valor do trabalho de uma mulher nos afazeres domésticos. Que também são muitos e muito importantes para o bom andamento de uma família e do sucesso do companheiro. Ora, se ter sucesso e vencer na vida é uma tarefa difícil, quanto mais sem estrutura familiar que lhe proporcione essa opção.
Sei que muitas mulheres vão se identificar com o que escrevo, pois, alguns homens nasceram sem a capacidade de reconhecer a importância da mulher na sociedade. Não importa se ela é uma advogada, juiza, presidenta, professora, delegada, ou uma simples dona de casa. O papel da mulher é fundamental na sociedade. Como geradora de uma sociedade e do nascimento de homens novos,para um tempo novo.
Era muito comum acostumar apenas as meninas às tarefas de casa, e aos meninos os consertos, os reparos e não raramente, os desmandos. Já desde muito meninos, acostumando-se a "colocar a mulher em seu lugar". Mas os tempos são outros e cabe a nós mães de meninos, a tarefa de ensina-los a serem homens capazes de entender que as tarefas são divididas, e que as mulheres tem potencial para além do que se popularizou como "coisa de mulher".
Eu crio meus filhos assim, e já ouvi um comentário dizendo, isso não é coisa de homem. O que não é coisa de homem? Ser educado, respeitador, limpo e organizado? Ser um homem capaz de poupar a mulher de lavar a roupa suja, porque naquele dia ela precisava se dedicar á uma tarefa de seu trabalho? E ainda lava-la ? Sem que isso seja para ele um peso? Eu quero homens assim na sociedade e já tenho orgulho dos meus filhos em algumas falas, que já mostram que são homens novos para uma nova sociedade.
Não quero ser líder, nem polítca, nem chefe de ninguém, o meu maior desejo é nunca mais ver um homem diminuindo uma mulher, apenas por medo do novo, ou porque ela está em uma posição masculina. Não é preciso ser líder de muitos para mudar o mundo. Alguém já viu aquele filme corrente do bem? Um só garoto com boa vontade foi capaz de mudar todo um grupo de pessoas á sua volta. Que seja assim.

E viva as mulheres, anônimas ou não, que desejam a mudança desta sociedade machista e preconceituosa.
Chegaremos lá, com certeza, com docilidade, mas chegaremos lá.

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