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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cotidiano - Os cacos de nossas relíquias

Passei a semana me perguntando o que fazemos com os cacos de nossas relíquias. Pensando e organizando as minhas ideias para endireitar os meus pensamentos. Perdi duas noites de sono, uma tarde de frases incompletas, pensamentos soltos escritos de forma aleatória. Nenhum deles me pareceu satisfatório ou era capaz de reproduzir o borbulhar de ideias que estavam dentro do meu peito. Até agora.

Somos uma mistura incrivelmente eficaz de experiências e palavras. Todas as experiências que vivemos e as palavras que ouvimos e lemos fazem parte do que somos. Posso até mudar de roupa, de cabelo, de cidade, de amigos, mas não posso mudar os acontecimentos da minha vida. Eles permeiam toda a minha existência, mesmo que eu tente fugir, o que vivi será sempre o que sou.

O começo desse meu pensamento nasceu quando estava lendo um livro que há muitos anos estava na minha estante, quase que esquecido, quase pedindo para ser lido de novo. Um livro com uma dedicatória de uma mulher admirável que estando em posição superior foi submissa à um jovem. Não confunda aqui submissão com autoridade. Essa submissão é fruto sim, de relacionamento e respeito. Li esse livro pela primeira vez há uns seis anos atrás, emprestado por um grande amigo.

Em uma viagem de volta à um passado não tão distante, minha mente me levou à algumas experiências que vivi, sobretudo, religiosas. Lembrei de momentos e de frases de pessoas muito próximas à mim. Palavras de sabedoria, outras nem tanto. O fato é que, já ouvi tanta coisa, já me ensinaram tanto. Quantas vezes, me deram soluções mágicas, ou infalíveis. Planos mirabolantes, ou ações para facilitar a minha busca.

Ora, uma busca nunca pode ser facilitada, e é pessoal e intransferível. O que move e faz alguém ir adiante nem sempre funcionará para mim. Impôr aos demais suas próprias experiências é acreditar que a vida não se renova, que não é capaz de fazer de nós tão especiais e únicos, que precise de um plano específico para cada um.

Destruir e reduzir a cacos nossas experiências é como matar quem somos. Lembro de um amigo que ao se tornar evangélico, destruiu uma imagem atirando-a ao chão, por acreditar estar nela mil demônios. Ele era um apaixonado pela mãe de Deus. E lembro de uma amiga que sempre evangélica, não podia usar chapinha nos cabelos a pedido de Deus em uma revelação. Ela hoje é católica  e usa os cabelos lisos.

Até que ponto a influência exterior nos leva as ser quem não somos apenas por condicionamento social? Sofremos calados por querer seguir amando a mãe de Deus, ou tendo os cabelos lisos. Agradamos uma parte das pessoas e desagradamos outras. Sofrendo e nos impedindo de ser feliz por conta do julgamento de quem não importa.

É possível nessa sociedade ser católico e cultuar a Deus em um templo protestante? É possível ser evangélico e com amor, ir à cerimônias católicas sem julgar? É possível ir á Índia e se maravilhar com a religiosidade dos hindus? É aceitável um monge budista te trazer a paz em uma frase de Buda?É possível ir a um terreiro de umbanda e falar com Deus sem medidas? Pode um muçulmano citar Jesus com os olhos marejados por sua grandeza como profeta? Pode um judeu dizer Shalom e não ficarmos em paz porque ele não acredita no Messias, Jesus Cristo? Pode o Ateu ser mais capazes de gestos generosos do que o cristão mais altivo?

Podemos evoluir, podemos aprender a amar, é só se deixar AMAR! Eu continuo a minha busca. O final é o menos importante. O que não posso é deixar de ser quem eu sou, nem deixar de acreditar nas coisas que acredito, só pelo simples fato de desagradar alguém.
A paz, Deus seja louvado, Shalom, Namastê, Axé, Salaam Alaikum

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Eu sei me reinventar

Sempre soube.

Em situações complicadas, tudo perdido, planos fracassados, metas sem cumprir, eu sei me reinventar.
Não me enquadro no que é reto, padronizado, quadrado, comum.
Eu sou mais do que isso.
Não desfaço dos retos, quadrados e comuns, eles são só diferentes de mim.
Mas não permito que digam que eu não posso ser quem eu sei que sou.
Vivi em outras cidades, sonhei outros sonhos, acreditei em outras crenças, beijei outras bocas, mas sempre fui eu.
E quem tentou me dizer que eu não podia ser como eu sou, não conseguiu me suportar, ou me amou demais para querer que eu mudasse e permaneceu.
Há quase dez anos atrás junto com minha irmã, uma amiga e minha prima escrevemos em um pedaço de papel o que seriamos dali dez anos. Ah, como gostaria de ter guardado aquele papel.
A vida em menos de dois meses depois de escrever aquele pedaço de papel,  me colocou em outro caminho, os sonhos no pedaço de papel não poderiam se realizar.
Não pensei duas vezes, a vida não espera, desfiz a vida montada e parti em busca de uma nova jornada.
De volta, recomeçando, retomando, sem saber o que teria valido aquele tempo.
Aquele tempo, valeu quem sou hoje, me fez forte nas noites difíceis, me protegeu esperando o melhor. O melhor da vida, o melhor do amor.
Neste ano que passou, tive que desistir, desistir de um sonho, colocado num pedaço de papel, sonho que já não era só meu. Um sonho gestado durante quatro anos. Sonho bonito, daqueles tão bonitos que se você conta gera paz.
O problema é que a traça e o gafanhoto não entendem de sonho, eles entendem de encher seus celeiros, a custa do trabalho da formiga. Labutando enquanto todos dormem.
Como Abrão - antes de ser Abraão - olhando os campos, vendo a contenda, preferiu deixar Labão escolher o campo. Labão escolheu o melhor campo, o campo estava à beira do Jordão, verde e frondoso, porém esse campo abrigava Sodoma e Gomorra.
Os campos de Abrão eram inférteis, secos e muito menos vistosos, mas ele tinha a benção de Deus. E isso bastava. Sua descendência foi numerosa e ele prosperou.
(citação bíblica - GÊNESIS 13.1-18)
Na vida, as escolhas precisam ser tomadas. Aprendi que a discórdia mata e que a paz vivifica.
Se tenho que perder para viver, quero viver.
Quero ser livre para me reinventar quantas vezes for preciso.
Se eu posso você também pode.

Viva e  permita reinventar-se sempre que necessário.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Para rir um pouquinho de quem gosta de falar demais!


QUEM DIZ O QUE QUER. OUVE O QUE  NÃO  QUER!
 
NÃO PROVOQUE PESSOAS INTELIGENTES! 

Na época em que o Rio de Janeiro ainda era Distrito Federal, o presidente da Câmara Ranieri Mazzilli concedeu a palavra ao deputado Carlos Lacerda , e o representante do Distrito Federal, o deputado Bocaiuva Cunha foi rápido e gritou ao microfone, sob os risos do plenário: - Lá vem o purgante ! Lacerda, num piscar de olhos, respondeu: - Os senhores acabaram de ouvir o efeito!(Muito mais risos, até dos adversários...)

 
***Certa vez, Einstein recebeu uma carta da miss New Orleans onde dizia a ele: " Prof. Einstein, gostaria de ter um filho com o senhor...   
                  A minha justificativa se baseia no fato de que eu, como modelo de beleza, teria um filho com o senhor e, certamente, o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência".Einstein respondeu: "Querida miss New Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza". 

***Quando Churchill fez 80 anos um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse: - Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos... Resposta de Churchill: -Por que não? Você me parece bastante saudável... 

  ***Telegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill, seu desafeto. Convite de Bernard Shaw para Churchill: "Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação de minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver." Bernard Shaw. Resposta de Churchill: "Agradeço ilustre escritor honroso convite... Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver."Winston Churchill. 

***O General Montgomery estava sendo homenageado, por ter vencido o General von Rommel na batalha da África, durante a 2ª Guerra Mundial. Discurso do General Montgomery: "Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói". Churchill ouviu o discurso e com ciúme, retrucou: "Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele". 

***Bate-boca no Parlamento inglês! Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista, Lady Astor, uma chata do tipo Heloisa Helena do PSOL, que pediu uma parte . Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos. Mas, concedeu a palavra à deputada. E ela disse em alto e bom tom: - Sr. Ministro , se Vossa Excelência fosse o meu marido, eu colocava veneno em seu chá! Churchill, lentamente, tirou os óculos, seu olhar astuto percorreu toda a platéia e, naquele silêncio em que todos aguardavam, lascou: - Nancy, se eu fosse o seu marido, eu tomaria esse chá com prazer!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Eu vendia sonhos

Minha mãe fez sonhos esses dias e me lembrei dessa
história. Só ela faz sonhos assim.
Eu não sou buziana de nascimento. Cheguei aqui aos 09 anos, quando meu pai, decidiu tentar a sorte em uma cidade e uma cultura completamente diferente da que estávamos acostumados. Búzios há apenas 20 anos atrás (uau 20 anos.....) era quase uma vila de pescadores que recebia gente de todos os lugares que se pode imaginar.
Imagine então o impacto de ser uma criança e ouvir pessoas dos mais variados tipos e cores, sotaques e idiomas, culturas e costumes. Era quase um faz de conta, um lugar imaginário, onde a gente ia comprar roupa com dólar. Essa mesma cidade tinha um comércio bem peculiar. Muitas lojas, lojas de roupa, de souvenir, de cangas, de chinelos, de tudo que pudesse ser útil ou fizesse lembrar ao turista que ali era Búzios.
Meu pai tinha uma loja quase em frente ao Pier, ORCHID, muita gente deve lembrar dela. Para mim era o máximo estar ali naquele mundo tão diferente, onde tudo parecia tão lindo, tão colorido. Coisas que só a cabeça de uma criança podem enxergar. Ir até o pier, ou visitar o Le Club eram passeios esplendorosos. Me lembro bem de um senhor, acho que era gerente no Le Club, francês, seu nome era Salla, sempre dava à minha irmã um mousse de chocolate. Era tão sonoro o jeito com que as palavras cheias de sotaque saíam de sua boca.
Um dia,numa tarde chuvosa, minha mãe encontrou uma receita de sonho e fez pra gente, ficaram deliciosos. E não sei como, quando percebemos, eu estava nas ruas do centro da cidade - nós morávamos muito perto do Centro - vendendo sonhos de loja em loja. Eu era tímida e ainda sou muito, mas passava de loja em loja oferecendo os sonhos, com uma bacia verde. Essa bacia verde com tampa transparente e redonda é tão viva na minha memória que eu quase posso toca-la. O cheiro do sonho misturado com o plástico estão aqui agora no meu nariz.
Eu vendia pra caramba. Meu melhor freguês era o dono da loja Bee. Ele sempre comprava o final do estoque. Eu começava pela praça, subia a Turíbio e acaba em frente a Bee. Ele me mandava subir e a sua esposa comprava o que havia sobrado na bacia. Eu saía contente e feliz, com a alegria e ingenuidade que só as crianças tem. Ninguém me pediu pra vender sonhos nas lojas, eu queria. E gostava e fazia bem. Acho que fazia bem para minha mãe também. 
Vendendo sonhos compramos nossas passagens naquele verão para visitar minha família no Sul. Foi tão legal saber que eu contribui com um sonho. O sonho da minha mãe de matar as saudades das suas irmãs. Meu pai nem deve saber, mas muitas noites enquanto ele trabalhava, ela escrevia cartas pra minha tia e chorava. Eu tenho essa imagem dentro de mim. E ela me pedia: - Filha, não conta pro teu pai que a mãe chorou. Eu não contei. E hoje entendo as lágrimas dela. Muita coisa ficou para trás, mas era preciso, era preciso tentar. E ela confiou no meu pai. Fez o certo.
Depois daquele verão vendendo sonhos eu fiz muita coisa ainda. Eu acho que sempre fui uma boa filha. Temperamental e geniosa, e com uma personalidade muito forte. Mas sei que quando meus pais pensam em mim se orgulham, pois temos muita história pra contar. 
Depois dos sonhos, tentamos bolo de maçã e banana, bolo de chocolate e torta. Mas nunca mais vendeu como os sonhos. Acho que tem coisas na vida que são únicas. E deixam na gente uma marca que nem o passar de muitos anos apaga. Essas pequenas histórias são parte do que somos. E elas nos fazem fortes. Muitas outras coisas na minha vida foram assim como o sonho, chegaram, tiveram seu tempo e acabaram. E ficarão para sempre guardadas no rol das minhas muitas histórias, que conto ao longo da vida.

Mas essas histórias, são assunto para um próximo post.

Os nossos filhos não são nossos

Um dia eles vão querer correr em busca do sol. 
Quem sou eu para não deixa-los ir?
Eles não são meus, eu apenas recebi de Deus a missão de protege-los aqui na terra, até onde eu for lúcida e capaz. Talvez até quando já não mais for.
Só posso confiar que eles olharão para trás e saberão sempre onde me encontrar.





Davi e Daniel.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Carta Aberta: Quero ser livre!

O título deste post retrata exatamente o que quero. Quero ser livre. Ser livre implica em libertar-se do que te prende e que só você pode libertar. Muitas vezes ficamos amarrados a sentimentos e pessoas que nos tornam vazios e mesquinhos. Tudo isso impede que sejamos felizes.

Peço licença aos meus leitores habituais, quero endereçar essa carta a algumas pessoas. Ela está escrita no singular pois queria que fosse bastante pessoal.

"Quero dedicar este post você que todos os dias lê meu blog, visita a minha timeline e checa meu twitter procurando indiretas ou posts de ataque.Esse post é seu.
A vida nos dá duas escolhas, ou a gente avança, ou fica preso no passado, remoendo e revirando o lixo dos nossos sentimentos e lembranças.
Vasculhar maus sentimentos é ficar preso à coisas que já não mais existem, que se acabaram, se refizeram, se transformaram. O mais certo é avançar, e sei que você está fazendo isso.
Torço e oro a Deus para que sua vida seja muito próspera em paz e harmonia. Que você tenha muito êxito em tudo que fizer. E que você possa resplandecer o amor de Deus para quem estiver perto de você.
Talvez, algumas coisas sejam eternas, outras são passageiras, e sou grata a Deus porque nessas duas situações Ele nos ensina que a vida é um eterno perde e ganha e que ganhar mesmo só na hora da morte!
Já senti muita raiva, muito rancor, até ódio, já te desejei mal, já quis mostrar a verdade a todo custo, já fiz, falei e escrevi coisas das quais me arrependi muito de ter feito. Mas sou humana, e me permito errar para que com meus erros eu possa aprender e ser uma pessoa melhor. Ainda estou longe disso, mas acredite, esses sentimentos não existem mais.
Te desejo tudo que há de melhor. Em todos os quesitos: amor, felicidade, sucesso, prosperidade, saúde e paz, muita paz. Acredite, você faz parte das minhas orações.
Nosso caminho é nosso e de mais ninguém, somente as escolhas que fazemos podem nos levar onde queremos chegar.
Peço que por favor, me perdoe também e me deixe seguir com a minha vida. Não dependo disso para ser feliz, mas, estaria mais feliz se soubesse que você também me deseja o mesmo."

Tenho uma história e essa história me orgulha muito. E mesmo quando errar vou fazer de tudo para recomeçar e ser feliz mais uma vez.

Aos meus amigos que me alertam sobre indiretas e frases que possam estar sendo direcionadas a mim e a minha família, sei que fazem isso por que gostam de mim, mas na verdade me fazem mal. Porque primeiro,uma indireta é um sopro no vento, não tem rumo e nem endereço. E não leio. Se lerem um post que parece ser dedicado a mim, faça uma oração por mim e pela pessoa que escreveu. Assim ninguém sofre e continuamos a luta diária.


Uma boa e excelente quarta feira para todos.

Camila Raupp Viana

sábado, 3 de novembro de 2012

Deu no Peru - Concurso Público em Búzios

Leia na íntegra em:  http://issuu.com/operumolhado/docs/1113
O concurso público em Búzios afinal é um problema ou uma solução?

Defendido veementemente pela oposição na campanha e pré campanha, agora parece ser um problema para a nova gestão.

Artigo muito bem escrito. Acrescentaria uma questão: Será que esse que passaram no concurso teriam sido chamados pela nova gestão? Provavelmente não, já que seriam um "problema" a mais para resolver. E não estariam "por dentro" do que acontece na Prefeitura.

Que venham os concursados, que ocupem suas funções, para as quais estão qualificados e estudaram. Aos poucos vai-se acabando o voto pelo emprego.Basta saber se além dos concursados haverá mais contratados. Se isso ocorrer, a folha corre o risco de continuar inchada e as grandes obras, promessas de campanha, não saírem do papel.

O importante é a sociedade continuar fiscalizando e informando aos que talvez não façam a leitura correta de cada coisa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Perdão e amor

Durante alguns meses desse ano vivi momentos de muita raiva e rancor. Sou humana.
Errei muito por causa desses sentimentos.
Eles são destrutivos.
Destroem a nós mesmos, nos consomem por dentro e nos fazem menores.
A verdade é minha e só minha.
Buscando em Deus consolo, encontrei a solução, amar, perdoar e dirigir orações.
Não estou totalmente livre, é bem verdade, mas estou no caminho.
Todos os dias desejo a todos que me fizeram mal, mesmo os que não sabem que fizeram, amor, muito amor.
Desejo o bem e a prosperidade no amor e na vida.

Assim, posso seguir com a minha vida, tendo a certeza de que o que passou, não volta e não assombra mais. Tenho planos e projetos, tenho amor de sobra e felicidade em dobro.

A vida fica mais fácil e mais em paz!