Católico vota em católico, evangélico em evangélico, ou isso tudo é uma grande convenção?

Anda circulando aí pela web uma campanha católico vota em católico. Eu fiquei pensando, se católico vota em católico, então os votos dos evangélicos, dos espíritas, dos "macumbeiros", budistas e etc. não servem certo? Pois, se o católico deve votar em católico, o político dito católico não deve aceitar os votos de outras religiões.

Uau, um minuto, que salada! Até fiquei um pouco tonta com tanta informação. Seria cômico se não fosse trágico esse tipo de pensamento. Ora, não podemos escolher um representante por sua religião, mas pelas propostas que ele tem para apresentar, pois nesta época do ano é fácil demais se denominar alguma coisa. Ou desde quando frequentar o culto ou a Missa de vez em quando faz de alguém católico ou evangélico?

Acho que estamos nos perdendo no caminho e nos interesses particulares. A conduta religiosa não deveria ser tema de escolha para um candidato. Ou então, estaremos voltando no tempo em que o estado era dominado pela religião, que era contaminada pelos interesses. Não podemos querer voltar no tempo, é necessário seguir adiante.

A igreja busca estar sempre em posição de ajudadora moral na sociedade, estar no poder nunca ajudou. O que precisamos é de candidatos com a moral íntegra e capazes de realizar suas funções. Votar em alguém pelo simples fato de ser essa pessoa "correligionário" de fé é de uma falta de cuidado temerosa. E isso se estende à todas as religiões.

E fica claro que campanhas deste tipo visam unicamente o bem de um candidato e um grupo, e não o bem comum, a legislação que abrace a todos, e o motivo para eleger um candidato: o cuidado com o povo. Um candidato não é mais do que um representante do povo, e não de grupo isolados, servindo à interesses pessoais. O mais preparado é aquele que pode e consegue ser o mais plural possível, afinal estes sã tempos de ecumenismo e não de radicalismo religioso.

VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIA!!